Palmeiras x Internacional – Resenha

Por: Vitor Placucci Vizzotto

 

Palmeiras é batido em casa e fica ainda mais na zona da degola.

 Foto: globoesporte.globo.com
Foto: globoesporte.globo.com

 

Com o time nervoso em campo, o Palmeiras perdeu para o Internaconal de Porto Alegre de 1 x 0. O único gol da partida foi do ex-Corinthians, Jorge Henrique. O gol saiu após lançamento do goleiro do Inter e ser resvalada de cabeça pelo centro avante Rafael Moura, na meia cancha, e cair nos pés de Jorge Henrique que, na saída errada de Fábio, empurrou de chapa para o fundo das redes.

O Palmeias veio à campo com um 4-3-3, escalando:

Fábio (GOL), Weldinho (LD), Lúcio (ZG), Wellington (ZG), Juninho (LE), Marcelo Oliveira (VOL), Mendieta (MEI), Allione (VOL), Leandro (ATA), Mouche (ATA) e Cristaldo (ATA).

Já o Inter veio à campo com um 4-5-1, escalando:

Dida (GOL), Claudio Winik (LD), Ernando (ZG), Paulão (ZG), Fabrício (LE), Willians (VOL), Wellington (VOL), Anránguiz (VOL), Eduardo Sasha (ATA), Jorge Henrique (ATA), Rafael Moura (CA).

Fazendo uma estimativa, o Inter teve 65% de posse de bola contra 35% do Palmeiras. Os lances capitais da partida foram quase 100% do tempo do time de Porto Alegre. Eu diria até que não tomamos mais gols por causa de nosso goleiro Fábio. E isso vêm ocorrendo nas últimas partidas. É Fábio contra 11! Assim fica difícil. A zaga do Palmeiras é pífia, ou melhor, o time é pífio. O Inter dominou a partida, parecia que jogamos contra o Bayern de Munique.

 

Enfim, não preciso dizer muito mais, o Palmeiras está onde está e não é por culpa do técnico, mas sim, dos jogadores e dos cartolas. E digo mais! A torcida do Palestra vêm sendo impecável! O público da partida foi de 31,178 mil pagantes, com o total de 33,519 e renda de R$ 735.345,00. Isso mostra que a torcida está lá! Apoiando! Não há desculpas para o time não jogar, dizer que falta motivação! Isso é falta de respeito com a camisa, o clube e ao torcedor do Palmeiras! Pelo amor de Deus, o que falta para estes jogadores jogarem direito?! Simplesmente não entendo…

 

Agora o verde volta à campo no brasileirão contra o Atlético Paranaense, às 18:30, em Curitiba. Mas antes enfrenta o Atlético Mineiro na quarta, no jogo de volta da Copa do Brasil.

 

Esperemos que alguma coisa mude logo, pois se não a coisa vai ficar preta, ou melhor, já está. E aqui o time é verde.

 

Forza Palestra!

Retrospectiva – Gareca no Palmeiras

Por: Vitor Placucci Vizzotto

 

O técnico do Palmeiras, Ricardo Gareca, ainda é uma incógnita e até talvez ainda seja uma esperança para o torcedor. Vejamos o retrospecto de sua carreira

Foto de: sportv.globo.com
Foto de: sportv.globo.com

 

Ricardo Gareca, 56 anos, argentino. Incógnita ou certeza? Essas são indagações que o torcedor palestrino vêm tendo nos últimos tempos. O técnico hermano chegou ao Palmeiras trazendo jogadores de sua nacionalidade, pois são mão de obra mais barata. Isso seria um efeito positivo? De um certo ponto de vista, para a economia do verde esse seria o caminho mais plausível, mas a realidade que o torcedor vê em campo é outro. Um time apático e sem nenhuma força de vontade, esse é o time hermano brasileiro de Gareca.

 

O técnico do Verdão já era aos 11 anos de idade centro-avante do Veléz Sarsfield. Mas sua carreira no time profissional começou mesmo no Boca Juniors de Maradona e companhia. Em 1981, o jovem jogador foi transferido para o Sarmiento de Junín se destacando e marcando 13 gols em 33 partidas. Ao final do contrato, Gareca retornou ao Boca e se destacou lá novamente. O matador também passou pelo River Plate de 85, depois foi para o América de Cali da Colômbia, em 89 no Vélez e terminou sua carreira no Club Atlético Independiente. El Tigre, como era conhecido, também deixou sua marca na seleção Argentina.

 

Em 95, Gareca começou sua carreira de técnico no San Martin de Tucuman. Passou também pelo (na ordem) Talleres de Córdoba, Independiente de Avellaneda, Cólon de Santa Fé, voltou para o Talleres, em 2002 no Quilmes, Argentinos Juniors de 2003/2004, América de Cali, Independiente de Santa Fé, Universitário de Deportes do Perú e para finalizar, onde teve sua passagem vitoriosa, o Véles Sarsfield. Na soma são 10 clubes e 11 com o Palestra! Haja clube não?!

Gareca ficou no Vélez como técnico durante 5 anos. Foram 254 partidas, 130 vitórias, 65 empates e 59 derrotas. 4 títulos no El Fortín, dois títulos do Clausura 2009 e 2011, um torneio Inicial de 2012 e duas Superfinais de 2012 e 2013, além de ter sido semifinalista na Libertadores de 2011. O técnico sempre prezou o esquema 4-4-2 e e também a presença de um 9 na área, com isso, foi vitorioso no time argentino.

 

No Palmeiras o esquema usado é o 4-3-3, mas com variações, não sendo um esquema fixo, ou seja, Gareca ainda não achou um esquema concreto e sólido para que o Palmeiras brigue na tabela e por títulos. Contratado em 21 de maio de 2014, com o contrato expirando em 2015, o argentino tem 33,3% de aproveitamento no verde e ganhou a Taça Julinho Botelho. Ruim? Muito! Foram 13 jogos, 4 vitórias, 1 empate e 8 derrotas. Os números não dizem ou ditam a forma que o time joga, mas eles mostram a realidade. E a realidade do Palmeiras é péssima.

 

Gareca tem que permanecer no comando do Palestra, mesmo tendo um histórico ruim. O que temos que prezar é a constância, e no Brasil isso não existe no meio dos técnicos. Se deixarmos e tivermos paciência para que um trabalho seja galgado com o tempo, podemos ver o Palmeiras crescer na mão de Ricardo Gareca. O problema não é o técnico hoje, mas sim a diretoria. E todos nós sabemos disso e estamos cansados de saber. Trazer mão de obra mais barata não é a solução. O que tem que ser feito é um planejamento de custos e o nosso presidente conseguir trazer um patrocinador, coisa que não temos desde o ano passado. Isso é um absurdo! Um time grande como o Palmeiras consegue um patrocínio a qualquer momento, a qualquer hora. Isso é reflexo de uma péssima gestão da diretoria do verde. É necessário que haja uma reformulação na cartolagem podre do Palmeiras!

 

Forza Palestra!!!

 

 

 

 

 

100 anos de lutas, glórias e muitas histórias

Por: Vitor Placucci Vizzotto

O Palmeiras Tudo volta à ativa em grande estilo em pleno centenário do nosso glorioso Palestra Itália. 100 anos, mas nem tudo são flores…

Palmeiras v Sport - Brazilian Series B 2013

Palmeiras. Quem lê ou pronuncia este nome, vêm na memória um time que , é um dos maiores clubes do país e da história do futebol mundial. O verde soma aproximadamente 500 títulos, entre eles os mais importantes são: 11 títulos do Campeonato Brasileiro, 1 Libertadores em 1999, 1 Taça Rio em 1951 (Mundial), 1 Copa Mercosul em 1998, 22 títulos do Campeonato Paulista, 5 torneios Rio-São Paulo, o título honorário das 5 coroas entre 1950 e 1951 e além de ter conquistado o título de Campeão do Século XX.

Time criado pelos imigrantes italianos operários da época que procuravam e necessitavam se consolidar na sociedade brasileira, assim surge em 26 de agosto de 1914 o Palestra Itália. 1939, Segunda grande Guerra Mundial. O Brasil passava por um processo ditatorial e tudo que envolvia nomes estrangeiros fora expurgado das pautas da vida cotidiana da sociedade brasileira. Assim, o amado Palestra Itália foi obrigado a mudar de nome, eis que surge o alviverde imponente, o Palmeiras.

A história é extremamente rica, mas os fantasmas das últimas duas décadas vêm assombrando a academia de futebol palestrina. O time, infelizmente, caiu para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro duas vezes nessas duas décadas do séc. XXI. Após ter deixado o legado da terceira academia nos anos 90, o Palmeiras despencou na produtividade e deixou a desejar em todas as competições que passou. Nesse meio tempo o Verdão conquistou: 1 título Paulista em 2008, 1 título da Copa do Brasil em 2012 e 2 séries B. Tristeza. Não existe outra palavra mais precisa que caiba para esse sentimento que todos os palmeirenses vivem, talvez raiva, ódio, ira, mas o composto de tristezas, alegrias, agonias e confusões que os palmeirenses vêm vivendo nos últimos tempos só ditam o quão carente o torcedor está de títulos expressivos.

A Sociedade Esportiva Palmeiras é conhecida por ter tido suas 3 grandes academias. A primeira de 1959 até 1969, que conquistou a Taça Rio e as 5 coroas, além de campeonatos brasileiros. A de 1972 até 1976, do grande Divino. E a academia da era Parmalat, patrocínio que angariou inúmeros craques.

Palmeiras1972

Academia de 72

Na ordem: Eurico;Leão; Luís Pereira; Alfredo; Dudu e Zeca. Ronaldo; Leivinha; Madurga; Ademir da Guia e Nei.

Esse time de 72 encantou o Brasil inteiro, conquistando o título nacional. O brasileirão desse ano foi curioso. Havia uma preocupação política em envolver um número cada vez maior de equipes e isso fez com que 26 clubes disputassem a competição. É considerado para muitos palestrinos o melhor time do Palmeiras de todos os tempos, há de convir. Não foi o time que marcou minha época, mesmo porque eu não era nascido, mas vendo alguns lances da época e ouvindo as histórias que meu pai conta sobre aquele time de 72, chego a conclusão que de fato é o melhor de todos os tempos. A elegância e a magistralidade derrotava o time imbatível de Pelé, o Santos. O Palmeiras de 72 era o único, junto ao Botafogo de Garrincha, que parava literalmente o Santos.

Depois desse time magistral a próxima e última academia só viria depois de 17 anos, com a era Parmalat. Para mim o melhor time dessa academia foi o de 93-94, que foi bi-campeão Paulista, bi-campeão brasileiro e campeão do torneio Rio-SP em 93.

Foto do site Imortais do Futebol

Na ordem: Mazinho, Roberto Carlos, César Sampaio, Tonhão, Sérgio, Antônio Carlos. Edmundo, Flávio Conceição, Evair, Edílson e Zinho.

O time era mais conhecido como “Esquadrão Imortal” e todos eram craques de suas posições. Zinho, o carinhosamente apelidado de “enceradeira”, dominava a bola na meia cancha e rodopiava sempre deixando os adversários atordoados. Evair, o camisa 9  matador. Edmundo, o craque veloz e preciso. A defesa composta por Kléber (Klebão) e Antônio Carlos era a titular, muito solida e consistente. Ali era a ‘defesa que ninguém passa’, do hino. Os laterais Gil Baiano e Roberto Carlos sabiam avançar com a bola e com consciência e classe. Edílson, o “Capetinha” tocava o terror nos adversários, sempre muito ágil. E para finalizar os goleiros Sérgio e Veloso, que eram excelentes goleiros, mas que seriam batidos alguns anos mais tarde pelo Santo Marcos. O técnico da época, Vanderlei Luxemburgo.

foto do blog biancorossoeverdao.blogspot.com

Em 99 o Palmeiras se consagrou campeão da Libertadores e se consolidava ainda mais no cenário internacional. Mas os anos 2000 chegaram…

O Palmeiras, com seu grande elenco da era Parmalat, chegou a final da Libertadores da América, mas perdeu para o Boca Juniors. A tristeza foi tão grande que isso talvez perdurou para as próximas gerações. O clube perdeu o patrocínio da Parmalat, com isso, perdeu sua fonte de craques e foi decaindo no cenário futebolístico. Em 2002, o Palestra foi rebaixado, mas em 2003 se sagrou campeão da série B e voltou a elite do futebol…quem dera que essa faze ruim terminasse ai, ou antes disso. Não. Infelizmente o Palmeiras não conseguiu conquistar mais títulos de expressão desde 1999.

Em 2008, se sagrou campeão do Campeonato Paulista. Ali parecia que tudo iria mudar…até mudou. O time começou a melhorar e a trazer bons jogadores para o clube. Em 2009, quase conseguimos ser campeões do Brasileiro. Talvez se ali fossemos campeões, a história seria outra… mas o se é uma hipótese. A realidade do Palmeiras é lamentável. Em pleno centenário o clube não consegue nem se estabilizar na tabela do brasileiro e com a diretoria a ver navios e pão dura, o time não ganha caras novas, ou melhor, jogadores bons. É triste para mim, que sou palmeirense desde que nasci, ver o meu e o nosso Verdão jogado às traças, sendo esquecido no tempo.

Claro que a cartolagem brasileira não é nada eficiente e o futebol em si, está em crise. Mas convenhamos, o senhor Paulo Nobre e sua delegação não conseguirem um patrocínio, é piada. O Palmeiras completa 100 anos e não ganhará nenhum título. Mas e a Taça Julinho Botelho, você indaga…Uma ova! Foi tão triste ver o palmeirense que era acostumado com títulos grandes comemorarem aquele ‘título’ contra a Fiorentina, em julho deste ano, ficando alegres e se iludindo com um título inventado. Me desculpem, mas somos muito maiores que isso!

Tomara que as gerações futuras vejam uma nova academia surgir, torço e acredito para que seja a minha geração, mas do jeito que está, nem Marmota cava buraco.

Parabéns Palmeiras!!! Você é a alegria de 17 milhões e o terror do resto do mundo!!! Temos orgulho de vestir o manto sagrado verde e branco!

O Palmeiras irá voltar!

FORZA PALESTRA!

PS: As notícias semanais irão começar no blog, na segunda feira dia 1º de setembro. E me desculpem aos meus ávidos leitores do Palmeiras Tudo por ter demorado tanto tempo para renovar o blog, mas aqui está, mais moderno e mais crítico!