Por: Vitor Placucci Vizzotto

 

O técnico do Palmeiras, Ricardo Gareca, ainda é uma incógnita e até talvez ainda seja uma esperança para o torcedor. Vejamos o retrospecto de sua carreira

Foto de: sportv.globo.com
Foto de: sportv.globo.com

 

Ricardo Gareca, 56 anos, argentino. Incógnita ou certeza? Essas são indagações que o torcedor palestrino vêm tendo nos últimos tempos. O técnico hermano chegou ao Palmeiras trazendo jogadores de sua nacionalidade, pois são mão de obra mais barata. Isso seria um efeito positivo? De um certo ponto de vista, para a economia do verde esse seria o caminho mais plausível, mas a realidade que o torcedor vê em campo é outro. Um time apático e sem nenhuma força de vontade, esse é o time hermano brasileiro de Gareca.

 

O técnico do Verdão já era aos 11 anos de idade centro-avante do Veléz Sarsfield. Mas sua carreira no time profissional começou mesmo no Boca Juniors de Maradona e companhia. Em 1981, o jovem jogador foi transferido para o Sarmiento de Junín se destacando e marcando 13 gols em 33 partidas. Ao final do contrato, Gareca retornou ao Boca e se destacou lá novamente. O matador também passou pelo River Plate de 85, depois foi para o América de Cali da Colômbia, em 89 no Vélez e terminou sua carreira no Club Atlético Independiente. El Tigre, como era conhecido, também deixou sua marca na seleção Argentina.

 

Em 95, Gareca começou sua carreira de técnico no San Martin de Tucuman. Passou também pelo (na ordem) Talleres de Córdoba, Independiente de Avellaneda, Cólon de Santa Fé, voltou para o Talleres, em 2002 no Quilmes, Argentinos Juniors de 2003/2004, América de Cali, Independiente de Santa Fé, Universitário de Deportes do Perú e para finalizar, onde teve sua passagem vitoriosa, o Véles Sarsfield. Na soma são 10 clubes e 11 com o Palestra! Haja clube não?!

Gareca ficou no Vélez como técnico durante 5 anos. Foram 254 partidas, 130 vitórias, 65 empates e 59 derrotas. 4 títulos no El Fortín, dois títulos do Clausura 2009 e 2011, um torneio Inicial de 2012 e duas Superfinais de 2012 e 2013, além de ter sido semifinalista na Libertadores de 2011. O técnico sempre prezou o esquema 4-4-2 e e também a presença de um 9 na área, com isso, foi vitorioso no time argentino.

 

No Palmeiras o esquema usado é o 4-3-3, mas com variações, não sendo um esquema fixo, ou seja, Gareca ainda não achou um esquema concreto e sólido para que o Palmeiras brigue na tabela e por títulos. Contratado em 21 de maio de 2014, com o contrato expirando em 2015, o argentino tem 33,3% de aproveitamento no verde e ganhou a Taça Julinho Botelho. Ruim? Muito! Foram 13 jogos, 4 vitórias, 1 empate e 8 derrotas. Os números não dizem ou ditam a forma que o time joga, mas eles mostram a realidade. E a realidade do Palmeiras é péssima.

 

Gareca tem que permanecer no comando do Palestra, mesmo tendo um histórico ruim. O que temos que prezar é a constância, e no Brasil isso não existe no meio dos técnicos. Se deixarmos e tivermos paciência para que um trabalho seja galgado com o tempo, podemos ver o Palmeiras crescer na mão de Ricardo Gareca. O problema não é o técnico hoje, mas sim a diretoria. E todos nós sabemos disso e estamos cansados de saber. Trazer mão de obra mais barata não é a solução. O que tem que ser feito é um planejamento de custos e o nosso presidente conseguir trazer um patrocinador, coisa que não temos desde o ano passado. Isso é um absurdo! Um time grande como o Palmeiras consegue um patrocínio a qualquer momento, a qualquer hora. Isso é reflexo de uma péssima gestão da diretoria do verde. É necessário que haja uma reformulação na cartolagem podre do Palmeiras!

 

Forza Palestra!!!

 

 

 

 

 

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