Por: Vitor Placucci Vizzotto
Crônica: Foi-se o tempo do Jardim Suspenso
Lembro-me como se fosse hoje. Aos nove anos, levado por meu pai, Palmeiras x Vila Nova, pela série B do brasileiro de 2003. Um sol torrencial, às quatro da tarde. Não tenho na memória a feição dos jogadores da época, mas sinto aquela torcida até hoje. A arquibancada se tornou meu fascínio. Daquele dia em diante – aquele que já era meu clube querido – eu sairia dali completamente Palmeiras. Entusiasmado com a vitória, suado por estar vestindo manga longa, o brilho nos olhos de meu pai era impagável. O segundo gol do Palmeiras da era Diadora, foi na minha frente. Se não me engano, gol de Marcinho. Pós-gol conversamos com um torcedor que se vestia mal, denunciando desta forma sua desvantagem econômica, mas que tinha a alegria de estar ali pulsando nos olhos, então percebi: Que o futebol é o agregador de sonhos, o anexo de opiniões e aquele que se troca comemorações com um desconhecido. Hoje em dia, talvez não seja mais assim, tenho saudades daquele jardim, mas a nova Arena também é boa para mim. Era outro tempo, por mais que não pareça. Não pagávamos tão caro para ver a felicidade se vestir de Palmeiras.
FORZA PALESTRA!!!