Por: Vitor Vizzotto
Mais um ano de histórias e muita fé. No final do ano passado, quando nos sacramentamos os maiores campeões nacionais com o tri da Copa do Brasil pensávamos: ano que vêm é o brasileirão (?)…
O que nos definiu neste campeonato não foi o “Cucabol”, mas sim a entrega que foi aplicada em cada jogo desde a primeira rodada contra o Atlético Paranaense e da volta do primeiro turno para o segundo turno. Incontestavelmente fomos o melhor time, que permaneceu na ponta da tabela por 18 rodadas consecutivas. Dos 37 jogos o verdão ganhou 23, empatou 8 e perdeu somente 6.

A festa da torcida palmeirense deve ser ressaltada nesta conquista. Nunca vi algo parecido, nem dentro dos meus sonhos. Ninguém conseguirá matar essa festa, muito menos a nossa torcida. É preciso muito mais do que grades ou cavalarias. O futebol resistiu ontem e ainda resiste. O que quero dizer aqui é que nossa torcida palestrina também é responsável pelos 77 pontos do Palmeiras.
Se não fosse a média de 32 mil pessoas por partida, nada disso seria possível. Por isso, a única ressalva que eu faço é que a diretoria deveria olhar para o torcedor de forma mais carinhosa e inteligente, ao invés de aumentar os ingressos lá no alto, colocar grades fechando a nossa principal rua e não organizar o Avanti com o profissionalismo devido.
Fora isto, a gestão de Paulo Nobre e cia. é impecável. O nosso ainda presidente pediu desculpas no trio elétrico na Paulista. Claro que te desculpamos por qualquer gafe que você tenha cometido, mesmo porque ninguém é perfeito, mas pedimos para o futuro presidente Mauricio, que olhe para estas questões com carinho.

Voltando a campanha, fizemos jogos memoráveis graças ao nosso comandante também. Peço aqui a permanência de Cuca, que foi um dos principais nomes desse título. Ele veio contestado por muitos, mas eu sempre o quis no verdão. Sempre achei um bom técnico e que sempre mexeu bem nas equipes que treinou.
Agora em meio a essas especulações nos cabe apenas rezar para que ele fique e se não permanecer, que volte um dia. Antes dele, o Palmeiras não tinha encontrado um técnico que desse o ritmo de jogo e entrosamento para a equipe.

22 ANOS EM 90 MINUTOS
Tenho 22 anos, como todos sabem. A emoção foi imensurável ao ver o meu time se consagrar campeão, porque não foi algo qualquer ou banal.
Cresci na fila, sendo zuado pelos rivais que tiveram glórias constantes. Quando estava no colégio parecia que o único time que existia era o São Paulo Futebol Clube, pois todos os meus colegas torciam para este time. Mas eu resisti, como todos vocês palestrinos de alma resistiram.
O futebol é algo incrível e que não é apenas um jogo onde ’22 homens correm atrás de uma bola’. A mística que está por trás disto é algo muito maior. Toda tradição que carrego comigo é algo belo e inesquecível. Algo que trago de família, e é algo que não poderá ser tirado de dentro de mim. Isto é ser torcedor, é carregar além do escudo na camisa que veste, tradições, histórias e amor por aqueles que lhe ensinaram a torcer e viver Palmeiras.
Não importam o que digam, o nosso sentimento pelo Palestra Itália nunca mudará. Nossos títulos estão ai para mostrar que somos os maiores campeões nacionais.
De Oberdan Catani a Jailson, ostentamos a eterna academia de goleiros. Estes que são verdadeiros heróis da nossa escuderia.
Todos os jogadores merecem este título. Somos eneacampeões brasileiros e nenhum time aqui tem tantos títulos quanto a gente. Esta conquista é histórica e na alegria e na tristeza gritaremos: QUANDO SURGE O ALVIVERDE IMPONENTE!
FORZA PALESTRA, O MAIOR CAMPEÃO NACIONAL!