
JOGOS HISTÓRICOS – PALMEIRAS X GRÊMIO

Por: Marina Delamo
Como no poema “A Divina Comédia” de Dante, o Palmeiras viveu uma noite que foi do Inferno ao Paraíso em apenas 20 minutos.
O poema é conhecido por suas alegorias que o torna atemporal, ou seja, não pertence à uma única época. Assim como as viradas – ou empates – épicos que só o Palmeiras tem a capacidade de proporcionar.
Euller que nos diga naquele 4×2 em cima do Flamengo em 1999, fazendo dois dos três gols marcados faltando 5 minutos para a partida acabar. E precisávamos de exatos dois gols de diferença.
Ontem, os chutes de Guerra e Willian ao gol do Cruzeiro em menos de 5 minutos de jogo nos fizeram acreditar que a invencibilidade na nossa casa não acabaria naquela noite. Mas respiração de Palmeirense acaba rápido e nossos jogos épicos são definitivamente atemporais.
Em seu primeiro contra-ataque, aos 6, o Cruzeiro ampliou o placar. Nosso gás inicial diminuiu, vimos eles dominarem a partida e a decretamos por acabada aos 30, quando eles marcaram o terceiro.
Três gols fora de casa em um mata-mata e um Palmeiras agindo como visitante do Real Madrid: impossível acreditar em uma virada e achar um sorriso na arquibancada.
Quando falam que a torcida joga junto com o time, é porque, de fato, joga. Dos 7 aos 20 minutos da segunda etapa, o Allianz Parque não era mais o mesmo. A temperatura elevou, as vozes não se cansavam e os pés não pertenciam mais ao chão. Nós entramos em campo com o Palmeiras.
A mudança de postura era notável e incontáveis “eu não tô acreditando nisso” se fundiam com os inflamáveis gritos alviverdes. Passamos a crer em mais uma virada épica para chegarmos, de fato, ao tão desejado Paraíso dantesco.
A virada não veio, mas a sensação de ter chego próximo à ele e tocado o céu, veio para todos. Talvez a respiração tenha voltado um pouco. Mas nunca por completo, pois sempre seremos Palmeiras e a emoção de ser, jamais mudará.
Até o jogo da volta, Cruzeiro!
FORZA PALESTRA
Por: Marina Delamo
O Palmeiras foi a Campinas enfrentar a Ponte Preta e depois de um jogo suado e intenso conquistou os 3 pontos com a vitória por 2×1.
Era um jogo pra embalar o time no campeonato e quebrar um tabu de 4 anos sem vencer no Majestoso. Embalamos e o tabu foi quebrado.
O verdão entrou em campo com um time misto, com Erik ganhando espaço lá na frente e mudanças táticas no setor defensivo, com o volante da base, Gabriel, estreando, Juninho improvisado na lateral e Luan fazendo dupla com Mina na zaga.
Com uma primeira etapa agitada e o Palmeiras apostou nos contra-ataques, o placar foi aberto no final, aos 38, com Guerra, depois de um passe incisivo de Tchê Tchê. O empate veio logo em seguida com um chute certeiro no canto de Prass.
Guerra, que até então empatava com Borja na artilharia do Brasileiro pelo Palmeiras, recebeu de calcanhar de Erik e colocou o verdão na frente mais uma vez, se tornando o artilheiro, com 4 gols. O jogador vem mantendo boas atuações e sendo fator fundamental nas partidas.
A segunda etapa trouxe sustos para o Palmeiras mas o time conseguiu controlar o placar. Com Tchê Tchê expulso e mais dois jogadores da Macaca, saímos de campo no G-4 e conquistamos a terceira vitória consecutiva.
Uma vitória suada e que deve ser muito comemorada. A equipe vem mostrando mais entrosamento e compactação e isso reflete nos últimos resultados. Aos poucos vamos crescendo e mostrando a nossa força.
FORZA PALESTRA
Por: Vitor Vizzotto
Uma coisa é certa: O Palmeiras está com o trem nos trilhos novamente. Basta vencer para que comecemos a enxergar as melhoras. O destaque de ontem foi o colombiano, Miguel Borja, que marcou o único gol da partida. Mas que também perdeu gols que ele não perderia com a camisa do Atlético Nacional.
Borja está reencontrando o seu futebol, que passa por adaptação. O nosso estilo de jogo é diferente e a torcida tem sim, que ter paciência com o jogador. Já disse isso aqui e vou repetir: ele não é o Barrios versão 2. Muito pelo contrário, ele joga muito mais bola que o paraguaio tropeçador.
No jogo dos campeões: Palmeiras da série A do ano passado e Atlético Goianiense da série B, tivemos dificuldades. O time de Goiás joga muito fechado, coisa que complicou nosso ataque.
Nós demos 4 finalizações certas contra 8 erradas. É preciso começar um treino intensivo de chutes a gol. O verde é um time que toca muito bem a bola, mas que não consegue finalizar com firmeza, coisa que já disse a alguns amigos. Os números de passes ontem são ótimos, 478 certos contra 38 errados. Realmente o que falta é calibrar o pé.
Temos posse, bons toques e jogadas bem construídas. Agora o Cuca tem que sentar com os atacantes e ter umas conversas…
FORZA PALESTRA
Por: Vitor Vizzotto
Nada encaixa. O que acontece com o campeão brasileiro? Seria culpa da supervalorização do elenco, por parte da imprensa ou torcedores? Ou, será que os jogadores não tomam vergonha na cara?
Estamos entrando em um período do ano que algumas coisas já não são mais aceitas, no sentido de que nós não temos mais que ter paciência. Não dá pra ter mais paciência com uma equipe que joga como ontem, ou como quando jogou contra o São Paulo.
Realmente não dá pra sabermos o que se passa com o elenco do verde. Mas, não é possível que estamos passando por isso. Algo que temos que fazer é jogar simples. Não é porque somos o elenco mais caro da América Latina, que devemos jogar como o Real Madrid ou como o Barcelona. Vamos ganhar primeiro. Vamos fazer gols, sem preciosismo. Depois, quando as coisas andarem, nos preocupamos com isso.
No sábado, tenho certeza que a torcida lotará o Allianz, como sempre. E por favor, joguem pelo nosso manto. Joguem pelos torcedores que gastam muitas vezes dinheiro que eles não tem para irem ao estádio verem vocês.
O momento está se tornando crítico e só vitórias, no plural, concertarão isto.
FORZA PALESTRA
Por: Vitor Vizzotto
É, estas também foram as reações do torcedor alviverde que estava no Allianz ou em casa no sofá, Brasil à fora. Mas calma, quem disse que o Palmeiras jogou tão mal? Na minha visão o que faltou foi concentração, para acertar o pênalti e finalizações.
Mas o que esperar deste elenco depois de uma partida que muitos consideraram ruim? A espera será a nossa melhor amiga, assim como no ano passado e retrasado. Não podemos esperar que o time jogue como a máquina de 2016 em apenas alguns jogos sob o comando de Cuca. Ele voltou agora e está readequando suas táticas. Além do que, tem jogadores novos a seu dispor, que precisam captar as suas ordens.
O Atlético também teve suas chances e o ‘contestado’ por alguns, Fernando Prass, se mostrou importante e eficiente em duas defesas de alto risco. Tivemos 5 chances efetivas de marcar.
O pênalti perdido foi uma pena, porque Bigode já tinha histórico com o goleiro Victor e seria legal vermos o atacante marcar. Mas, esse time ta precisando treinar cobranças de pênalti e isto é um fato. Jean perdeu no choque rei e William agora.
Outro ponto que quero mencionar é Borja. O colombiano ainda passa por fase de adaptação. Não, ele não é o novo Barrios e sim, ele tem muita, mais muita qualidade técnica. Infinitamente maior que as do paraguaio. É questão de tempo para que o camisa 12 engrene. Acredito que depois de dois jogos marcando gols ele vai deslanchar.
Depois de amanhã, o verde pega o Coritiba lá no Couto Pereira. O mesmo coxa que está em quarto lugar no brasileiro e que tem um timinho ajeitado. Jogo complicado, mas que se o Palmeiras vencer, os ares começarão a mudar.
FORZA PALESTRA
Por: Marina Delamo
Jogo não, teste pra cardíaco. Por favor.
O Palmeiras se acostumou a ser um time copeiro e raçudo ao mesmo tempo. Como copeiro atribuímos a característica de um time difícil de ser batido em competições mata-mata. Mas tal característica vem acompanhada da raça e do suor até o gol sair. Porque uma hora ele vai sair.
Podemos estar dando um verdadeiro baile no adversário, dominando o jogo e sendo completamente ofensivos: mas o jogo não será fácil. Ontem foi o contrário disso tudo. E fomos copeiros.
Deixamos o Internacional bagunçar nossa área defensiva pelos 10 minutos iniciais, sem parar. Não por menos, o primeiro gol deles saiu logo aos 8. Entregamos a eles o domínio da partida e seguimos jogando o que eles nos ditavam.
Fomos submissos. Não soubemos armar jogadas, criar contra ataques e não tínhamos um homem de ligação. Classificar de virada não estava nem nos sonhos. Seria aquele gol de cabeça com uma dose de suor e uma pitada desespero, nos dando um empate e a vantagem do gol fora. Voilà: Um prato à la Palmeiras!
Temos que comemorar, mas temos o dever de melhorar. Com o time que montamos, o sofrimento por uma vitória devia estar fora de cogitação e a apatia não devia entrar em campo.
Foi mais uma noite para testar a normalidade cardíaca. Seguimos sem nos acostumar a amar um time tão copeiro e raçudo, por mais que esteja em nosso DNA e que repitamos a todo momento, jogo após jogo, a seguinte frase:
“Tem coisa que só acontece com o Palmeiras!”
Mas como já dizia Renato Russo: quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?. E haja coração pra ser Palmeirense!
FORZA PALESTRA