Por: Marina Delamo
Jogo não, teste pra cardíaco. Por favor.
O Palmeiras se acostumou a ser um time copeiro e raçudo ao mesmo tempo. Como copeiro atribuímos a característica de um time difícil de ser batido em competições mata-mata. Mas tal característica vem acompanhada da raça e do suor até o gol sair. Porque uma hora ele vai sair.
Podemos estar dando um verdadeiro baile no adversário, dominando o jogo e sendo completamente ofensivos: mas o jogo não será fácil. Ontem foi o contrário disso tudo. E fomos copeiros.
Deixamos o Internacional bagunçar nossa área defensiva pelos 10 minutos iniciais, sem parar. Não por menos, o primeiro gol deles saiu logo aos 8. Entregamos a eles o domínio da partida e seguimos jogando o que eles nos ditavam.
Fomos submissos. Não soubemos armar jogadas, criar contra ataques e não tínhamos um homem de ligação. Classificar de virada não estava nem nos sonhos. Seria aquele gol de cabeça com uma dose de suor e uma pitada desespero, nos dando um empate e a vantagem do gol fora. Voilà: Um prato à la Palmeiras!

Temos que comemorar, mas temos o dever de melhorar. Com o time que montamos, o sofrimento por uma vitória devia estar fora de cogitação e a apatia não devia entrar em campo.
Foi mais uma noite para testar a normalidade cardíaca. Seguimos sem nos acostumar a amar um time tão copeiro e raçudo, por mais que esteja em nosso DNA e que repitamos a todo momento, jogo após jogo, a seguinte frase:
“Tem coisa que só acontece com o Palmeiras!”
Mas como já dizia Renato Russo: quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?. E haja coração pra ser Palmeirense!
FORZA PALESTRA