Por: Marina Delamo
No primeiro jogo das quartas de final, sentimos o desprazer de adentrarmos no Inferno em um caminho que parecia sem volta.
Em uma reviravolta quase que improvável, degustamos da sensação de uma reação heroica e por pouco o Paraíso não foi nosso.
Ontem, vimos que o Purgatório era o nosso lugar.
Sempre tive comigo que antes de fazer o gol, deve-se, primeiro, não toma-lo: ajeita a defesa, aperta a marcação e seja eficaz nos contra-ataques. Mas ontem precisávamos de tudo na mesma dose de precisão.
Tínhamos que ser estratégicos. Jogávamos por uma bola, um único contra-ataque. Mas, dos dois lados, o estudo do adversário e a cautela pairavam. E o tempo foi sendo, cada vez mais, o Diabo do nosso Inferno particular.
Chegamos ao Paraíso quando só nos restou a oração e as promessas. Chegamos ao Paraíso no momento certo para se organizar e fechar a defesa. A bola do jogo já era nossa.

Podem dizer que não tivemos maturidade, calma, culhão, o que for. A falha de marcação tem sido nossa marca. O desespero pelos três pontos ou por uma classificação também.
Em 14 minutos nos vimos descendo ao Purgatório e lá permanecemos para pagar pelos nossos pecados:
Três únicos contra-ataques e três gols adversários em casa, chances de uma virada épica desperdiçadas, oportunidade clara de ampliar aos 38 e empate aos 39 no jogo da volta.
Pagamos por tudo. Ou pelo nada.
A redenção será dia 9. E se ela não vier, não terá perdão, nem misericórdia que aguente.
Queremos o céu. Queremos a Liberta.
FORZA PALESTRA