Por: Victor Chahin
Fecharam a Rua Palestra Itália, impediram que torcedores festejassem. O pré-jogo e pós na rua mais tradicional do futebol brasileiro morreu no dia em que se colocou uma grade entre o torcedor e o estádio.
A tradição é algo a se prezar no futebol. Torcida, amizade, bateria e bandeiras. Festa. Contudo, a felicidade de torcer está sendo reprimida. A Rua Palestra Itália não é mais a mesma.
A lógica dos responsáveis por esta palhaçada é um tanto quanto estranha. Por que fechar uma RUA, em que os torcedores de apenas uma torcida se concentram a mais de 100 anos? Tente entender, torcedor, não tem sentido deixar 3 mil palmeirenses entrarem dentro de um aeroporto, mas não deixar eles circularam livremente por uma rua. Parece que não são apenas os árbitros que são sem critérios, mas as autoridades também. Elas mostram o cartão vermelho para uma jogada, mas permitem a mesma jogada em outro lance.
A festa feita no aeroporto por nossa torcida ontem, foi uma das mais lindas do futebol brasileiro. Ontem, por volta dás 7 horas, Congonhas virou verde e branco, quem passava pelo local, em transito de viagem, tirava fotos.
Diferentemente do que muitos jornalistas falaram da boca pra fora, que a torcida no aeroporto “atrapalhou a vida de milhares de pessoas”. O primeiro ponto e o único é que os jogadores embarcaram por um local diferente do resto dos passageiros. Sem prejudicar o trânsito dos mesmos.
Ontem, às 19h, no aeroporto de Congonhas, o verdadeiro futebol apareceu. Ontem, a torcida deixou claro que o futebol nunca foi um esporte apenas de uma classe. O futebol é “dotado de força humana, nem sempre justa, nem sempre bela, mas toda vez notável, fulgurante”. (PORTELLA, Lance, 2016)